A baixa umidade do ar e a bronquite crônica em cães e gatos

A baixa umidade do ar que estamos vivenciando nesse final de inverno deve servir de sinal de alerta para nossos animais de estimação, assim como para as crianças, cujo sistema de homeostasia ( manutenção do equilíbrio geral) é mais frágil.

Sobretudo nos cães e gatos mais idosos, que geralmente sofrem com bronquites crônicas, ou aqueles que têm precocemente alterações cardiopulmonares, com certeza manifestarão mais cansaço, a respiração mais acelerada e difícil.

As causas da origem da bronquite são várias. Os cães e gatos com focinhos curtos, os braquicefálicos, sofrem mais, pois como eles não possuem glândulas sudoríparas, eles equilibram sua temperatura interna atraves da respiração e captação do ar ambiente. Tambem algumas raças de cães, apresentam diminuição do diametro da traqueia, ou flacidez dos aneis da mesma, e isso é hereditário, de forma que em condições de estress, ou com o ar mais seco, há irritação da mucosa do trato respiratório, e daí se inicia o processo inflamatório.

Tambem há inúmeros agentes virais e bacterianos que podem provocar doenças respiratórias nos cães e gatos, e se elas não forem cuidadosamente tratadas resultar em cronicidade. Nos cães podemos citar a traqueobronquite infecciosa e a bordetelose, e nos gatos a rinotraqueite viral e a clamidiose, entre outras.
Havendo uma irritação inflamatória na mucosa, facilitará a proliferação de bactérias e o processo poderá chegar a um quadro de broncopneumonia. Estes episódios ao se repetirem ao longo da vida, geram uma diminuição dos cílios que existem na superficie interna da mucosa da traqueia e bronquios, que servem como filtros de impurezas e evitam normalmente o acúmulo de muco. Assim aos poucos vai afetando a capacidade respiratória, com endurecimento das paredes, e podendo chegar finalmente à bonquite crônica irreversível ou DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), equivalente ao enfizema crônico.

Algumas medidas simples podem evitar que o quadro de bronquite se estabeleça, ou pelo menos se agrave:

1) estimule sempre seu cão ou gato a beber bastante líquido. Isto pode ser feito colocando vasilhas de agua pela casa, e trocando a agua com frequencia;

2) pode oferecer agua de côco, suco de melancia, melão, laranja lima, ou fazer “picolés” na forminha de gelo, e dar uma pedrinha de vez em quando;

3) manter o local onde o animal fica sempre arejado. Evitar deixá-lo em ambientes com ar condicinado;

4) evitar usar perfumes após o banho do animal, ou mesmo perfumes no local onde ele está. Ter cuidado com produtos de limpeza, ceras, nunca usar substancias como querosene e outros solventes;

5) Não usar incensos ou fumar onde o animal está;

6) Colocar bacias com agua fresca nos aposentos onde estão os animais, para umidificar o ar. Ou usar umidificadores. Inclusive pode fazer um chá com folhas de eucalipto e acrescentar à esta água dos vasilhames.

Existem ainda plantas que podem ser utilizadas em forma de xarope, com sorbitol como solubilizante,queo médico veterinário pode prescrever, sem qualquer efeito colateral.

Vejamos algumas destas plantas:

Agrião – adstringente, anti-escorbútica, anti-inflamatória, antitérmica, anti-tussígena, cicatrizante, depurativa, descongestionante, desintoxicante, despigmentadora, digestiva, diurética, excitante, expectorante, fortalecedora dos cabelos, restauradora, tónica.

Alcaçuz – antitussígeno, antiúlcera, laxante, antihistamínico, regulador hormonal, expectorante, laxante.

Assa-peixe – planta daninha mais freqüente e temida nas pastagens, é também apícola por excelência. É uma das 71 plantas medicinais recomendadas pelo Ministério da Saúde para serem utilizadas e receitadas pelo SUS. As folhas e a raízes são utilizadas na medicina caseira, sendo recomendada como béquica, hemostática, balsâmica, expectorante, hemostática, antilítica, diurética, anti-hemorroidária, antiasmática e antigripal.
Também é indicada para bronquite, litíase, tosses rebeldes, gripes fortes, pneumonia, contusões, afecções do útero, cálculos renais e o uso externo é indicado para combater afecções cutâneas. O decocto da raiz é utilizado, em banhos, para hemorróidas, pontadas nas costas e no peito, contusões e infecções do útero. As folhas, fritadas à milanesa, são comestíveis. A casca da raiz, quando extraída na escuridão, é fosforescente.

Guaco – é a única erva anti-ofídica. È ainda anti-reumática, expectorante, diurética , excelente para gota, febre, artrite reumática. É a erva das bronquites, das tosses, rouquidão, e todas as afecções do aparelho respiratório.

Grindelia – conhecida no Brasil por girassol-silvestre e malmequer-do-campo. Afecções respiratórias, cólicas, gases, afecções renais.

Mastruz – afecções dos pulmões, laringite, catarros, bronquites, tosses, tuberculose.

Poejo – antiinflamatório de ação expectorante. No processo respiratórios como tosses catarrais, gripes e tosses.

Tanchagem – ação antiinflamatória, cicatrizante, diurética, tônica e depurativa, indicada para limpeza das vias respiratórias (fumantes), gripes, como expectorante, diarréias, inflamações nos rins e estômago. Em gargarejos funciona como antibiótica, bactericida e antiinflamatória para a garganta, ouvidos, em casos de gengivite, piorréia, laringite, amigdalite, lavagem de feridas, tumores, doenças da pele, infecções nas partes genitais, dores no bico dos seios e inflamação dos olhos.