Como a maioria dos cães, o Shih Tzu tende a eleger um dono principal. Contudo, diferentemente de muitos deles, faz sua escolha de forma mais sutil.
"Só dá para identificar o preferido de um Shih Tzu porque é ligeiramente mais festejado", comenta Maria Amélia dos Santos Snell, que cria a raça há 11 anos, no Rio de Janeiro
"Caso todos os familiares o chamem ao mesmo tempo, ele se dirige primeiro ao dono número 1", ilustra o criador Guilherme de Berrêdo Martins, de São Luís, que se dedica ao Shih Tzu desde 1983."Só dá para identificar o preferido de um Shih Tzu porque é ligeiramente mais festejado", comenta Maria Amélia dos Santos Snell, que cria a raça há 11 anos, no Rio de Janeiro
Logo em seguida, no entanto, como se quisesse evitar sentimentos de rejeição, cumprimenta entusiasticamente cada um dos integrantes da família.
"Ele não é de permanecer tempo integral ao lado do dono eleito; ao contrário, o Shih Tzu é um companheiro familiar, cada hora fica com uma das pessoas",
observa o carioca Eduardo Teixeira, que se dedica à criação da raça há 12 anos.
"Há certas raças nas quais é comum encontrar exemplares ciumentos e possessivos, que elegem um dono e, depois, rosnam e até avançam em quem se aproximar dele; esse fenômeno não se vê em Shih Tzus ou, pelo menos, é muito raro", compara Berrêdo Martins.
"É um cãozinho que permite que seus donos se relacionem com outras pessoas sem manifestações de agressividade; e, é bom que se diga, ele realmente dá atenção à família inteira mas também a cobra de volta", avisa Luciene, que cria Shih Tzus há seis anos.
Isso mesmo. O Shih Tzu é amoroso, porém literalmente pede que seu amor seja retribuído. Não que faça isso de forma exagerada ou inconveniente. Mas pelo menos algumas vezes por dia ele solicita os donos. "Convida-nos para brincar trazendo seus brinquedos, pede colo e põe a cabecinha sob nossas mãos para ganhar um cafuné", exemplifica Luciene.
"Em definitivo não se trata de uma raça independente, do tipo que não exige afeto e que até gosta de ficar distante", concorda Maria Amélia.
Daí não ser a opção mais indicada para quem precisa deixar o cão sozinho por períodos prolongados.
"O Shih Tzu sofre muito com isso e, caso se sinta abandonado, é comum que se torne pirracento", avisa Teixeira.
Em outras palavras, embora a grande maioria dos exemplares, se educada com respeito, liderança e presença dos donos, aprenda ainda na infância a fazer suas necessidades no lugar determinado e também abandone o hábito de "experimentar" móveis e pertences da família, tais aprendizados podem ser temporariamente relegados em sinal de protesto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário