Seguidores

Translate

Translate

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Cheio de amor

 
 
      Como a maioria dos cães, o Shih Tzu tende a eleger um dono principal. Contudo, diferentemente de muitos deles, faz sua escolha de forma mais sutil.
"Só dá para identificar o preferido de um Shih Tzu porque é ligeiramente mais festejado", comenta Maria Amélia dos Santos Snell, que cria a raça há 11 anos, no Rio de Janeiro
"Caso todos os familiares o chamem ao mesmo tempo, ele se dirige primeiro ao dono número 1", ilustra o criador Guilherme de Berrêdo Martins, de São Luís, que se dedica ao Shih Tzu desde 1983.
Logo em seguida, no entanto, como se quisesse evitar sentimentos de rejeição, cumprimenta entusiasticamente cada um dos integrantes da família.
"Ele não é de permanecer tempo integral ao lado do dono eleito; ao contrário, o Shih Tzu é um companheiro familiar, cada hora fica com uma das pessoas",
observa o carioca Eduardo Teixeira, que se dedica à criação da raça há 12 anos.


    "Há certas raças nas quais é comum encontrar exemplares ciumentos e possessivos, que elegem um dono e, depois, rosnam e até avançam em quem se aproximar dele; esse fenômeno não se vê em Shih Tzus ou, pelo menos, é muito raro", compara Berrêdo Martins.
"É um cãozinho que permite que seus donos se relacionem com outras pessoas sem manifestações de agressividade; e, é bom que se diga, ele realmente dá atenção à família inteira mas também a cobra de volta", avisa Luciene, que cria Shih Tzus há seis anos.
Isso mesmo. O Shih Tzu é amoroso, porém literalmente pede que seu amor seja retribuído. Não que faça isso de forma exagerada ou inconveniente. Mas pelo menos algumas vezes por dia ele solicita os donos. "Convida-nos para brincar trazendo seus brinquedos, pede colo e põe a cabecinha sob nossas mãos para ganhar um cafuné", exemplifica Luciene.
     "Em definitivo não se trata de uma raça independente, do tipo que não exige afeto e que até gosta de ficar distante", concorda Maria Amélia.
Daí não ser a opção mais indicada para quem precisa deixar o cão sozinho por períodos prolongados.
   "O Shih Tzu sofre muito com isso e, caso se sinta abandonado, é comum que se torne pirracento", avisa Teixeira.
Em outras palavras, embora a grande maioria dos exemplares, se educada com respeito, liderança e presença dos donos, aprenda ainda na infância a fazer suas necessidades no lugar determinado e também abandone o hábito de "experimentar" móveis e pertences da família, tais aprendizados podem ser temporariamente relegados em sinal de protesto.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário