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domingo, 30 de agosto de 2015

Cura que é o Bicho !

Cura que é o Bicho !



Terapia com animais tem alcançado resultados surpreendentes na recuperação de pacientes de todas as idades.


Texto : Marília Dominicci.

    Já notou que basta um abanar de rabo, uma barriguinha para cima pedindo carinho, uma cabeçada na mão como sinal de apego e imediatamente começamos a sorrir ? Esse dom quase mágico de fazer feliz não é imaginação de quem não consegue passar um dia sequer longe dos bichos.

    Quem nunca ouviu frases como : nada cura como um sorriso ou all you need is love (tudo o que você precisa é amor) ? Se essas afirmações são mesmo verdadeiras, são óbvios os benefícios que a presença de um animal de estimação pode oferecer. Esses amigos tão próximos levam isso muito a sério e dão o máximo de si para que nossas vidas sejam melhores, independentemente de nossas limitações físicas, mentais ou financeiras.

    Pessoas que convivem com animais são menos propensas a desenvolver depressão e problemas cardíacos e se consideram mais felizes, equilibradas e realizadas. Nelas também se observa melhora do sistema imunológico, da coordenação motora e da autoestima. 

    Crianças que crescem na companhia de um bichinho e são educadas para amá-lo desenvolvem personalidades mais independentes, tem maior senso de responsabilidade, sofrem menos com problemas emocionais, são mais seguras, compreensivas e confiantes, além de desenvolverem noções de generosidade, altruísmo e maturidade. Ufa ! E esse é só o começo da lista.


Antidepressivos Naturais : 


    A influência benéfica que os animais exercem sobre os seres humanos é tão poderosa que a terapia assistida com animais, hoje, auxilia pessoas de todas as idades a superarem problemas físicos e psicológicos, dos mais simples aos mais graves. Utilizadas em um contexto multidisciplinar,- integradas a prática de fisioterapia, psicologia, terapia da fala, pedagogia, etc. - as terapias com cavalos, cães, gatos, pássaros, porcos, roedores e até mesmo outras espécies podem fazer uma grande diferença na recuperação e no controle de diversos males do corpo e da alma (vale lembrar que cada caso exige uma abordagem diferente, e o melhor é sempre procurar um especialista). 

    Durante a terapia, muitas vezes basta a presença de um animal para que efeitos físicos significativos sejam percebidos imediatamente nos pacientes, como melhora da pressão sanguínea, por exemplo. Como os animais exercem efeito calmante sobre as pessoas, isso também reduz o estresse e a ansiedade, influenciando e reduzindo, no longo prazo, até mesmo índices de triglicérides e colesterol. 

    Emocionalmente, os benefícios são incontáveis. Os animais, muitas vezes, despertam sentimentos e emoções que outros seres humanos não conseguem alcançar. Um caso que ganhou repercussão mundial por meio das redes sociais é o da cadela Xena, resgatada em situação tão extrema que suas imagens, divulgadas por toda a internet, são chocantes. Adotada pela família de Jonny Hickey, um garoto autista, a cachorra ajudou o menino a superar barreiras emocionais, transformando-o de uma criança reclusa e distante, que não realizava quase qualquer contato com outras pessoas, em um "tagarela"- como define Linda Hickey, mãe de Jonny.

" Ele é a criança mais feliz que já o vi ser em oito anos. Ele sempre fica tão... tão feliz quando Xena está por perto.", conta ela em entrevista. (Foto a esquerda de Xena e Jonny) 

    Sua influência foi tanta que Xena foi eleita o "Cachorro do Ano" pela ASPCA, uma das maiores ONGs do mundo, e a família, além de treinar a cachorra para ser terapeuta, escreveu um livro sobre o assunto, incentivando outros donos de animais a fazer o mesmo.

    Liana Santos, especialista em terapia assistida por animais no GATI ( Grupo de Abordagem Terapêutica Integrada), afirma que não é preciso procurar muito para encontrar histórias emocionantes. "O Pablo trabalha com animas desde pequeno. Começo com 3 anos. Ele teve falta de oxigênio durante o parto e nasceu com paralisia cerebral. Sem firmeza no corpo, não conseguia se sentar e, com o tratamento, foi melhorando aos poucos. Aos 6 anos, ele ainda não caminhava, apesar de estar fisicamente preparado. Com medo de cair, se arrastava. Um animal, mesmo pequeno, pode fazer toda a diferença numa hora dessas. Demos a ele uma galinha e contamos que ela estava muito triste e com fome, que precisava ser alimentada e que, para fazer isso, ele teria que ficar de pé. Ele, então, se levantou e jogou o milho. Ao ver o bichinho comer,se alegrou e saiu andando. Depois disso, Pablo ganhou responsabilidade de caminhar com os cães e, desde a galinha,nunca deixou de andar. Ele diz que os bichos precisam de amor e que o entendem." 

Sem Contra Indicação :


    

    Silvana Fedeli Prado, superintendente técnica em terapias assistidas por animais na ONG Patas Therapeutas, fala com orgulho do trabalho realizado pela instituição, que atua em diversos locais, entre eles, hospitais e asilos. "O mundo precisa de mais amor. A pessoa doente acaba se isolando. Vê equipe médica, alguns familiares, mas a vida fica do lado de fora. O bicho é um acumulador de emoções positivas, libera endorfinas, dopamina e ajuda a acalmar os pacientes. Quando chegamos com os animais, todos se animam. Isso não se resume aos doentes e hospitalizados, contagia a todos." O intuito das visitas é espantar o baixo astral e instigar o interesse dos internos.

    Ao contrário do que muitos podem pensar, a visita dos pets a hospitais é um processo muito limpo e seguro. Os animais que visitam hospitais e ambientes frequentados por pessoas com sistemas imunológicos frágeis passam por um "ritual de limpeza" que inclui : Banho no mesmo dia da visita ou, no máximo, no dia anterior, higienização das patas e focinho e acompanhamento rigoroso das vacinas e histórico veterinário antes de serem autorizados a entrar em contato com os pacientes. Até mesmo uniforme os bichinhos usam para mostrar que o assunto com eles é sério. Ainda assim, os pet terapeutas não podem entrar em contato com pessoas em situação de isolamento, para evitar contaminação.

    No Brasil, o primeiro hospital a adotar a pet terapia foi o Albert Einstein. Atualmente, um grande número de instituições seguiu o exemplo do hospital paulistano recebe - diária, semanal ou mensalmente - os pets que alegram a vida e melhoram a saúde de internos, pacientes e familiares.


Fonte : Revista Estilo Dahma 






3 comentários:

  1. Olá Frederico! Adorei o eu blog! Como faço para entrar em contato com você? Obrigada!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Eu amo o seu blog,tambem visita o meu! http://amigosdosanimaishoje.blogspot.com.br/

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